Título: O Dia em que Selma Sonhou com um Ocapi
Autor: LEKY, Mariana
Gênero: Realismo Mágico
Editora: TAG Inéditos | Planeta
Páginas: 315
Ano: 2019
Onde Comprar: TAG
SINOPSE
Selma pode prever mortes – alguém no vilarejo sempre morre no dia depois de ela sonhar com um ocapi. Os sonhos, no entanto, jamais revelam quem vai morrer. Como é de se esperar, o intervalo entre a visão de Selma e a morte deixa seus vizinhos de Westerwald em estado de emergência: a neta da personagem, Luise, narra o medo que eles sentem e todas as verdades que ficam entaladas em suas gargantas. Embora a premissa do livro faça parecer que seu tema central é a morte, não se engane: o âmago desse romance é o amor. O amor une a comunidade, impedindo que o desespero tome conta de Westerwald mesmo quando todos sabem que uma tragédia se aproxima.
OPINIÃO
Depois de quase UM ANO, afastados do Blog, nosso desejo de continuar com as resenhas, ressurgiu, e a primeira resenha do ano será esse livro lindo que acabei de receber da minha super recente assinatura da TAG.
Que momento mágico foi abrir a caixinha, não sabendo com qual livro iria me deparar, só digo que essa foi uma das minhas leituras mais rápidas e emocionantes. Sem contar a delicadeza e profissionalismo da TAG que faz um trabalho primoroso em cada edição.
Agora vamos a minha opinião sobre o livro, mas antes de tudo preciso contar o que é um “Ocapi”. Nunca tinha ouvido falar dessa espécie de animal, não sabia nem de sua existência, mas é um ser que se encaixa perfeitamente na história que Mariana Leky criou magistralmente.
Uma breve descrição do Ocapi, segundo a TAG: "Ainda que possua marcas listradas de uma zebra, o animal que domina os sonhos de Selma é o parente mais próximo da girafa. Esses mamíferos têm entre 200 kg e 350 kg e podem chegar a dois metros de altura. São originários do nordeste da República Democrática do Congo e atualmente estão ameaçados de extinção. Ao chegarem na África, os europeus muito ouviam falar de um animal que chamaram de "unicórnio africano" - tímido e desconfiado, o ocapi se escondia tanto dos exploradores que acabou sendo catalogado apenas em 1901.
Apesar de aparecer no nome do livro e na capa, dentro da história o animal surge apenas nos sonhos de Selma, uma senhora muito amorosa e descontraída. Toda vez que ela sonha com um Ocapi, alguém da cidade acaba morrendo.
Nossa narradora é Luise, neta de Selma. É através dela que acompanhamos todos os singulares e excêntricos personagens da trama. O livro nos dá a impressão que estamos assistindo a um teatro, em que cada cena os personagens entram e o cenário é modificado enquanto as interações começam a acontecer. Confesso que essa característica me agradou muito, me fez parecer mais próxima da história.
Um fato curioso é que o personagem do Oculista não possui nome no começo, pelo menos não para os leitores. Ele é somente o oculista, e é somente no final do livro que seu nome é finalmente revelado de forma inesperada. Então você se dá conta de que até aquele momento, você não sabia o como ele se chamava, e não havia reparado.
O livro tem três partes, cada parte marcando o começo de uma nova década para os personagens. Na primeira parte acompanhamos Luise criança, na segunda a vemos já no início da juventude, e na terceira e última, Luise chega na vida adulta. Com ela envelhecendo, consequentemente todos ao seu redor também envelhecem, e essa é uma das características que mais emocionam no livro, a passagem do tempo para cada personagem.
A premissa do livro gira em torno do amor que cada personagem nutre pelos amigos e familiares da pequena cidade de Westerwald, Alemanha. Tal amor é tão bem descrito pela autora que nos sentimos com vontade de adentrar na sua história para conhecer cada personagem. É daqueles livros que você começa a ler e não quer que acabe nunca mais, tão aconchegante a sensação de acompanhar os dias daqueles que em voltam nossa narradora.
Esse é um livro que é simplesmente obrigatório na lista de leitura, por ser tão singelo e maravilhoso.
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