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Foto do escritorCOMPRE PELA CAPA

CAIM, O PRIMEIRO VAMPIRO, DE GEORGINA CAVENDISH

Atualizado: 3 de mai. de 2020


Título: Caim, o Primeiro Vampiro

Autor: CAVENDISH, Georgina

Gênero: Ficção

Editora: Talentos da Literatura Brasileira

Páginas: 112

Ano: 2015

Onde Comprar: Saraiva | Amazon

Ficção sem dúvida é um gênero que me fascina muito, me leva a um outro patamar imaginário, pois transforma tudo aquilo que não pode ser tocado, pelo menos não no mundo real, em realidade. Monstros, bruxos, magia, criaturas mitológicas e neste caso, os vampiros, estão no topo da minha lista de preferidos. O que me deixou ainda mais curioso em relação a temática deste livro foi o fato de ter uma nova visão do vampirismo, uma contada a partir de lendas e fator religioso como inspiração, além da capa, que é maravilhosa!

Recebemos o livro em resultado da parceria entre o Blog Compre Pela Capa e a autora Georgina Cavendish, que nos concedeu essa obra trevosa, portanto agradecemos à mais uma autora nacional, pela confiança depositada em nosso trabalho.

ENREDO

Tendo Gênesis (livro da Bíblia) como base e ambientado num tempo após a expulsão de Adão e Eva, esta obra conta a vida de Caim, o primogênito do casal. Caim, era responsável pelo cultivo de frutas, verduras e tudo que provinha da terra, já o irmão, Abel, tomava conta da pecuária, neste caso, das ovelhas.

A família aparentava ser feliz, apesar de ter que trabalhar para o próprio sustento (o que não precisavam antes). Contudo, o mais velho sempre sentiu ciúmes do irmão, por considera-lo privilegiado pelos pais e até pelo Criador. Ambos mantinham contato com Deus e como demonstração de fé, faziam ofertas do melhor daquilo que cultivavam/criavam, e em uma delas, a escolha de Deus tornou-se o estopim que marca o início da longa jornada do personagem: o assassinado de Abel pelas mãos de Caim.

Uma punição lhe é dada por Deus como consequência: "se sangue derramou, do sangue viverá", tornando-se assim uma criatura cuja fome (ou sede) não se satisfaz com água ou qualquer alimento, um vampiro! Assim, ele deixa toda sua vida para trás, por vergonha de seus pais, e segue sua nova trilha, sendo uma nova “pessoa” e carregando consigo uma marca que deixa claro que não fez algo de bom.

Nesta divagação, encontra uma jovem, Annabel, com quem descobre a relação carnal, e seu irmão (que o odeia logo no primeiro encontro) os flagra e depois de muito pensar, consente à atitude dos dois, contra sua vontade, desde que eles fiquem juntos, Annabel inclusive, engravida.

Nasce o filho de ambos, Henoc, nome do qual posteriormente será da nova cidade que Caim decide construir.

Passado um tempo, há uma revolta acerca da administração de Caim perante a cidade, que leva a agressões entre o mesmo e um habitante, e um caos começa a se formar. Seus hábitos alimentares o levam, num momento de defesa, a abater a pessoa e os companheiros com quem teve a desavença, e passa a ser monitorado.

Sua condição não o deixa envelhecer, pois está fadado a viver e ver todos que ama, morrer, feito que despertaria curiosidade e, portanto, decide deixar sua esposa e filho sem prévio aviso.

Caim então volta a falar com Deus e Este o informa de um evento que acontecerá na Terra, onde todos perecerão, mas ele sobreviverá, inerte, para testemunhar este momento.

OPINIÃO

A ideia de unir uma religião e ficção, se baseando em uma lenda e fazendo a própria interpretação é muito legal, dá uma abertura enorme a detalhes que aconteceram num período de tempo. O texto é fluído, bem escrito, porém curto. Os saltos que haviam no tempo deixaram o livro um pouco desestruturado, ex: quando ele foge da família e volta, o que ele fez nesse tempo? Além disso deixou brechas à respeito das peculiaridades que ele encontrou em si, como um vampiro, além da sede por sangue, ou mesmo como (ou se) ele criou novas criaturas durante ou após o desfecho, porque se ele é o primeiro, quem foi o segundo, terceiro... Dúvidas particulares a parte, o livro é bem interessante e deve ser lido porque faz todo o sentido em conjunto com a Bíblia e talvez essas dúvidas que ficaram, foram intencionais.

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